MODERNIZAÇÃO TÉCNICA E/ OU ESTÉTICA DE ELEVADORES.
Saiba como e quando fazer!
Chega um momento em que, mesmo contando com uma boa manutenção, o elevador precisa de uma modernização que troque seus componentes de maneira a fazer com que o equipamento funcione de forma mais eficiente.
Para se ter uma ideia, só com a economia com energia elétrica, a redução nos custos pode variar entre 40% a 70% do consumo atual.
Quando fazer?
Estudos sugerem que a troca dos equipamento seja feita a partir dos 15 anos de uso, ou quando o equipamento passa a apresentar problemas frequentes ou não atenda mais de maneira adequada a edificação.
Geralmente, quando o elevador tem mais de quinze ou vinte anos, começa a exigir um número maior de intervenções no equipamento, muitas delas não programadas. As trocas de peças ficam cada vez mais frequentes e caras. E, muitas vezes, começam a pesar no orçamento do condomínio de maneira a sinalizar para a mudança.
Outro ponto a ser observado pelo condomínio é a funcionalidade do elevador. Se ele não é tão antigo, mas costuma solicitar frequentemente intervenções mensais não programadas, ou simplesmente para de funcionar mais de uma vez por mês, é sinal de que, provavelmente, ou não se está realizando as manutenções mensais preventivas e corretivas de maneira adequada, ou então é um sinal claro de que talvez seja o momento de modernizar o equipamento.
Sinais que antecedem uma modernização:
- Equipamento começa a dar muitos problemas, com trocas cada vez mais frequentes de peças.
- Apresenta desnível entre o andar e a cabina.
- Emite barulhos mais altos e constantes que o usual.
- Tem falhas e interrupções de serviço cada vez mais constantes.
- Consome muita energia elétrica.
Vale ressaltar que mesmo elevadores novos, com menos de um ano de uso, também podem apresentar problemas frequentes, devido à fase inicial de acomodação do equipamento. É o que explica o gráfico a seguir:
Gráfico da Vida Útil do Elevador.
Gráfico do comportamento da vida útil do elevador, o chamado gráfico da curva da banheira, nome dado ao mesmo por assemelhar-se a esse objeto.
Note que na parte inicial à esquerda do gráfico tem-se uma curva decrescente de defeitos ao longo do tempo chamada “mortalidade infantil”, ou seja, no início de funcionamento, quando o equipamento ainda é novo, há uma quantidade significativa de defeitos, mas que vão diminuindo no ritmo dos ajustes de acomodação de peças e eliminação de pequenos vícios e defeitos de origem, quer seja por erros advindos da mão de obra no momento da instalação, quer seja por pequenos defeitos no equipamento. Nesta fase costuma-se ter um número maior de intervenções corretivas no equipamento.
Passado algum tempo e realizados os devidos ajustes com o equipamento em funcionamento, a fase das intervenções diminui drasticamente e se estabiliza num patamar aceitável, entra-se na fase do tempo T1, a fase da maturidade do equipamento. Aqui, problemas acontecem na maioria das vezes devido a componentes externos, tais como acidentes ocasionados pelos próprios usuários ou funcionários do prédio (por exemplo, água que cai sobre o elevador ao se limpar o hall do prédio), variação excessiva no fornecimento de energia elétrica (problemas no quadro de energia ou com a concessionária da rede), operação inadequada do equipamento, entre outros. Nessa fase, o que passa a predominar é a rotina de manutenção mensal preventiva.
A mortalidade senil, fase que se inicia a partir do tempo de vida T2 do equipamento, a fase estatisticamente dentro de um período de tempo à partir dos 15 anos de vida do equipamento, chega quando o equipamento sente o passar dos anos, onde há um desgaste generalizado da maioria das peças e componentes do elevador, advindos de problemas como a corrosão e deterioração mecânica e elétrica, ocasionando um aumento no número de intervenções no equipamento. Nesta fase, além do condomínio ver seus custos com a manutenção do equipamento aumentados, também passa a contar com um tempo maior de indisponibilidade de uso do mesmo, devido ao número frequente de paralisações. Esse é o momento da modernização.
Como modernizar?
Há dois tipos de modernização, a modernização estética, que envolve melhorias na parte visual do equipamento, e a modernização técnica, que envolve uma mudança nos equipamentos e componentes responsáveis pelo bom funcionamento do elevador.
É importante assinalar esta diferença entre a melhoria estética e a modernização técnica do elevador. A primeira engloba normalmente apenas alterações visuais na cabine e pavimentos, como a troca do piso, espelhos e um novo revestimento nos painéis das paredes da cabina do elevador entre outros. a segunda, a modernização técnica propriamente dita, refere-se à troca de diversas peças que, novas, permitirão uma melhoria clara do serviço prestado pelo elevador.
Uma modernização técnica se diferencia de uma substituição total do equipamento justamente por aproveitar partes do elevador que possuem uma vida útil mais longa, assim diminuindo os custos com tais mudanças desnecessárias. Por exemplo, em uma modernização técnica geralmente não é necessário trocar o motor do elevador, basta apenas substituir o Quadro de Comando do mesmo, isto para não entrarmos em outros detalhes como guias, contrapeso e amortecedores no fundo do poço.
Com essas substituições, o elevador pode reduzir, dependendo da configuração inicial do equipamento e do tipo de modernização sofrida, o consumo de energia elétrica em até 70% de seu gasto anterior.
Diminuir a conta de energia elétrica e os gastos com trocas frequentes de peças deve ser encarado como um ganho para todos no condomínio. Essa diminuição geralmente paga o valor da modernização do equipamento em até dois anos.
Mas não é só com a redução no consumo da energia elétrica ou com a diminuição da troca de peças que o condomínio ganha. Com um equipamento mais moderno, as viagens serão mais confortáveis e seguras, algo fundamental para moradores que porventura tenham medo de usar o elevador ou sejam claustrofóbicos, além de um tempo maior de funcionamento do equipamento sem paralisações não previstas.
Custos!
Por se tratar de um valor financeiro significativo, alguns condôminos são contrários a este tipo de investimento, encarando-os equivocadamente como custos adicionais.
Porém, se os números forem colocados na ponta do lápis, fica mais fácil mostrar a necessidade de ser Modernizar o elevador, sem mencionarmos aspectos como o da segurança e disponibilidade do equipamento, além da adequação as normas atuais.
Deixá-lo mais funcional e bonito em alguns casos pode custar em média em torno de 70% do valor de um equipamento novo.
Justamente devido ao tamanho do investimento, juridicamente falando, é necessária a aprovação da benfeitoria em assembleia, com maioria dos presentes.
O usual é que o condomínio pague em torno de 20% a 40% de entrada, dividindo o restante em parcelas mensais. É importante que o condomínio se programe para isto antes de chegar o momento de fazê-lo.
A modernização estética de um elevador é muito cara?
Para se ter uma ideia de quanto se gasta modernizando um elevador, o Sindicato das Empresas de Conservação, Manutenção e Instalação de Elevadores do Estado de São Paulo (SECIESP) realizou uma pesquisa entre seus associados, conforme segue:
Uma modernização estética na cabina do elevador custa entre R$ 2.700,00 e R$ 7.000,00 aproximadamente, dependendo do projeto e do tamanho do elevador. Ou seja, para um edifício de 40 apartamentos que feche o negócio parcelado em cinco vezes, cada condômino investiria um valor a partir de R$ 13,50 por parcela, considerando-se o menor valor.
Fonte: Sociesp.
A modernização técnica de um elevador é muito cara?
Para se fazer uma modernização técnica substituindo-se quadro de comando, fiação, botoeiras em aço inox, instalação de indicadores digitais, os valores médios ficam entre R$ 9.000,00 e R$ 18.000,00. Parcelados em 10 vezes teríamos parcelas médias de aproximadamente R$ 35,00 para cada condomínio, considerando-se o valor médio e os mesmos 40 apartamentos.
Fonte: Sociesp.